quinta-feira, novembro 04, 2004

Nostalgia e o lixo

A última vez que eu me lembro de ter tentado memorizar alguma coisa para escrever aqui foi quando fui ao show da Maria Rita com a Rossana. Demos sorte e conseguimos pegar um lugar excelente, mesmo tendo comprado as entradas logo antes do show começar. E eu tive a grata surpresa de descobrir que a moça não só canta bem como cativa de tão graciosa. É o tipo de pessoa 'fofa', se é que me entendem. A Rô, que estava igualmente feliz do meu lado, disse que ela lembrava demais o jeito da Ana (a Anica Lovejoy). Bom, eu ainda não a conheço, mas acreditam se eu disser que sempre imaginei que ela era mais ou menos daquele jeito?

Bom, não pode deixar de ser, apesar de tarde. Preciso dizer como foi um feriadão gostoso aquele. Minha ótima relação com datas não me deixa lembrar exatamente quando foi (ô, isso era para ser um diário), mas foram alguns dias, e dos mais agradáveis. Passeamos um bocado, fomos ao show, ao cinema, ela conheceu alguns dos meus amigos ainda do colégio (e viu como a Bruna consegue falar e falar, sem ser inconveniente em momento algum). E eu falo desse feriado dois dias depois de eu mesmo ter voltado de um; dessa vez eu lá na casa dela. Não fomos para o Halloween das Ladeiras (para o nosso arrependimento, registro), mas fomos saímos, fomos para a chácara, comemos fora... foi bom demais.

Mas vou dar a essa mensagem um jeitinho de "diário" e dizer algo que tenha feito hoje. Eu arrumei meu armário. Na verdade, não exatamente: eu joguei fora uma papelada do meu armário. Eu vi como mudei, de tempos para cá. Vi como várias daquelas provas e trabalhos do primário ainda estavam lá, gritando em silência que eu já tive mais saudades, já fui mais nostálgico. Não era apenas um monte de papel cheirando a guardado. Aquilo ali estava me mostrando como eu costumava guardar com um carinho fora do comum cada lembrança daqueles meus doze, treze... até dezessete e dezoito anos. Eu sei que coloquei aquelas provas ali guardadinhas, imaginando que tempos depois iria lê-la não pelo que está escrito, mas pelo que ela me faria lembrar. Desde como era minha caligrafia e o nome da professora, até como passava os recreios e como eram as festinhas.

Agora está quase tudo no lixo: os papéis, apenas. Porque, de certa forma, eu estava dando um valor que eles não tinham. As memórias permanecem, não é o trabalho e o documento que vai me fazer reviver aquilo; eu me sinto perfeitamente capaz e maduro para, quando sentir bem, lembrar de cada detalhe daqueles tempos. Há alguém que despreza tanto seu passado a ponto de nem mesmo procurar lembrar-se dele? Esse não é o meu tipo de covardia. Eu sei que devo bastante àqueles anos, então vez ou outra eu sei que vou sorrir quando me voltar a eles.

3 Comments:

Blogger Anica said...

Bê!!!!!!

o.O'

Minha cunhada e meu irmão falaram exatamente a mesma coisa que a Rô sobre a Maria Rita o.O

aff!!

4 de novembro de 2004 às 19:31  
Blogger Urd said...

Maria Rita?! Isso me surpreende.

A propósito, o Leandro comprou um DVD do Blind Guardian, acabei lembrando de vc por isso...

16 de novembro de 2004 às 09:52  
Blogger Bernardo said...

Nossa, como eu sou brega. Pelo menos sou homem pra admitir isso.

Samantha, surpreende eu ter ido ao show da Maria Rita? Ela não é muito true? ;)

E eu um dia também terei o meu dvd do Blind Guardian.

16 de novembro de 2004 às 18:40  

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